Imagina só: você sai com aquele date do Tin‘der. Rola química e tá óbvio que vocês vão estender a noite. Durante o jantar, vocês se perguntam, “o que você mais curte na cama? Tem algum segredo sobre seu corpo que eu precise conhecer? Tem algo que você odeie e te broche instantaneamente?”.
Você tem uma conversa difícil pra ter com uma parceria. Os ânimos começam a se exaltar, você está ficando ansiose, vocês estão dando círculos na conversa e falta pouco pra ninguém mais se ouvir direito e aquilo virar uma briga. “Amarelo, não quero mais falar sobre isso agora. A gente pode só curtir a noite e voltar a esse assunto amanhã?”. Vocês concordam, se abraçam e veem um filme juntes.
A primeira vez com uma pessoa nova é sempre meio estranha, mas quando as coisas começam a esquentar, ela desce pra te chu‘par e você sussura no ouvido dela, “posso puxar seu cabelo?”. Ela levanta o rosto, sorri e responde “deve!”.
Aquele amigo vive fazendo uma piada inconveniente que te deixa desconfortável e um pouco engatilhade. Você já tentou pedir pra parar mas parece que ele não entende. “Vermelho pra essa piada, realmente não acho isso engraçado”. E ele respeita, sem forçar, sem te zoar ou se repetir.
Mesmo depois de um encontro casual, você e o boy, que provavelmente é um lance de uma noite só, ficam abraçados na cama, trocando ideia, vendo os feeds um do outro, e deixam uma música rolando enquando batem papo e comem o lanche que acabou de chegar. Vocês vão se despedir daqui uma hora e talvez nunca mais se vejam de novo, mas vai ficar a lembrança de uma noite gostosa.
Pra algumas pessoas, especialmente aquelas que conhecem nosso universo ou estudam e aplicam melhores práticas de comunicação, alguns ou todos esses cenários já são realidade.
Mas certamente compreender e aplicar todas as possibilidades de conceitos como negociação, palavra de segurança, consentimento ativo e aftercare beneficiariam as vidas de muito mais pessoas além apenas das fe‘tichistas.
Qual é a sua opinião? Essa já é uma realidade pra você?
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