Taí a pergunta de um milhão de dólares. Quando falamos de BDSM, são muitos os caminhos possíveis. Mas por onde, afinal, a gente deve começar?

São muitos os iniciantes que vêm até nós do Chicotadas ansiando por respostas sobre a prática. Pessoas que querem saber como encontrar uma parceria, como encontrar um dominante, uma submissa, como começar a praticar com alguém que já se relacionam, como organizar a primeira sessão...

É claro que não existe uma única resposta para essas perguntas e nem um único caminho "certo" a ser seguido. Mas certamente existem caminhos errados, quando os devidos cuidados não são tomados.

Quais são as recomendações do Chicotadas para a pessoa iniciante e totalme

Errar no BDSM não é coisa de Red Flag. Somos humanos e mesmo os mais cuidadosos, estudiosos e atentos de nós infelizmente estão sujeitos a errar. Nós jogamos um jogo de riscos e o erro, por si só, não faz de você um red flag. Você é red flag quando coloca parceires em risco por pura irresponsabilidade ou falta de estudo. Você é red flag quando não admite que errou. Você é red flag quando não oferece aftercare adicional e prolongado depois que um erro/acidente acontece. Você é red flag quando não responde nem se manifesta pública e legalmente quando as circunstâncias exigem. E, principalmente, você é um baita red flag quando se recusa a pedir desculpas, quando tenta minimizar seus erro

Um top pode ter dois ou mais bottoms. Um bottom pode ter dois ou mais tops*. Mas que história é essa?

"Hoje, um tema que é uma das nossas provocações preferidas: é amplamente aceito no meio BDSM que tops basicamente têm o "direito adquirido" de ter mais de um bottom quando quiserem (e nesse caso, há até quem ache estranho tops que não querem ter mais de uma posse).

Por outro lado, muitos praticantes tradicionais tratam como um absurdo um bottom servir mais de um top ao mesmo tempo: "Como alguém vai obedecer duas pessoas ao mesmo tempo?", "E se os tops derem ordens conflitantes?", "É impossível se dedicar de verdade a mais de uma relação!", "E se os dois quiserem sessão no mesmo dia?".

Bottoms: sub (submisse), masoquista, brat, modelo/rope bottom/rope bunny. pet/animal (cachorro, gato, raposa, cavalo...), baby/little/middle, prey/presa. Tops: dominante (dom/domme), sádico/sádica, tamer/disciplinador, rigger/rope top, dono/tutor/handler, caregiver/cuidador (mommy, daddy, tio, tia...), hunter/caçador.

Quais outros tipos você conhece? Que tipo de top/bottom você é?

Nesses dois carrosséis, juntos aqui no site, citamos alguns tipos de tops e bottoms mencionados, na época, no episódio 3 do Chicotadas, para título de curiosidade e identificação do público.

"Quer saber mais sobre cada um deles e em quais dinâmicas se encaixam? A gente explica direitinho entre os minutos 40 e 5

"É muito comum que, ao descobrir esse universo maravilhoso do BDSM, quem está chegando agora acabe ficando tão empolgade que já quer experimentar tudo-de-uma-vez-agora como se o mundo fosse acabar na semana que vem*.

Ou ao contrário, que a gente estude bastante, conheça todos os riscos e seja tão cuidadoso que acabe ficando com um certo receio de viver as práticas no tempo que aparentemente é esperado da gente.

Nós estamos aqui pra lembrar que estudar e ter cuidado é muito importante e que o mundo não vai acabar tão cedo (portanto não queime etapas e fique atento para não se colocar em risco desnecessário!), mas que no fim das contas não existe certo ou errado: seu tempo é seu tempo e o ri

Quer dizer... O que é sexo, afinal?

"Uma confusão comum entre quem começa a conhecer e explorar esse universo é deduzir que as práticas BDSM são uma forma de apimentar aquele sexo tradicional baunilha.

Mas afinal, precisa de sexo para ser BDSM? Nossa resposta é: sim e não. Com certeza não é necessário aquele sexo genital tradicional para praticar BDSM. Mas ao mesmo tempo, a definição de sexo é algo muito pessoal, e você pode muito bem considerar TUDO que a gente faz nas cenas e sessões (mesmo as que não envolvem nenhuma interação genital) como uma forma de sexo e de provocar prazer erótico.

Ou seja: depende do que é sexo pra você.

Mas precisamos deixar claro que exis

• Sem consentimento explícito e que pode ser retirado a qualquer momento? Não é BDSM, é abuso.
• Menores de idade, qualquer ser incapaz de consentir? Não é BDSM, é crime.
• Álcool*, drogas*, crises, embriaguez ou inconsciência? O consentimento não pode mais ser dado.
• Sem safeword definida, sem negociação clara, sem aftercare? Não é BDSM, é abuso.
• Não queime etapas! Estude antes de praticar e conheça os riscos para minimizá-los.
• Não arrisque a sua vida nem a de suas parcerias.

"Nós já contamos por aqui o que acreditamos ser os ingredientes fundamentais para aquilo que fazemos ser considerado BDSM. Agora, a gente também precisa falar sério e deixar bem claro aquilo que NÃO É E NUNCA SE

Para ser BDSM, você vai precisar de:

• Consentimento explícito e entusiástico (dado livremente e que possa ser retirado a qualquer momento).
• Indivíduos maiores de 18 anos.
• Consciência, sanidade e sobriedade.
• Estudo, conhecimento e minimização de riscos.
• Safewords definidas, negociação e aftercare.

"Hoje é dia de carrossel no feed porque a gente resolveu deixar bem claro algumas coisas em que acreditamos aqui neste Instagram e no podcast Chicotadas. E vocês, também acham que cada um desses itens é um ingrediente fundamental para o que você faz ser chamado de BDSM?

Nós aprofundamos cada uma dessas ideias no primeiro episódio do nosso podcast, "Princípios Básicos do BDSM", qu